
"Não são apenas processos em caixas. São pessoas"
Lilly Rush
Eu penso que os fãs de seriados americanos que dependem apenas na TV aberta sofrem. E olha que falo com conhecimento de causa, já que não possuo o luxo de uma TV a cabo e muito menos de uma internet de banda larga. Creio que somos uma espécie de heróis: rezamos todas as noites para que o humor do senhor Sílvio Santos não mude, ficamos acordados a madrugada inteira procurando algum seriado perdido no limbo televisivo. Quando conseguimos acompanhar, nossos problemas triplicam: agüentamos uma dublagem geralmente horrível e penamos com as sucessivas mudanças de horário e até mesmo o desaparecimento repentino.
Seguindo esse raciocínio eu já sofro por antecipação por gostar de Cold Case, batizado pelo senhor Sílvio de Arquivo Morto. Descobri essa série numa noite de insônia e desde então tem sido um esforço digno de Ulisses acompanhá-la. Exibida inicialmente sábado, logo após o já extinto Invasão (Invasion, no original, cancelado na sua 1º temporada), a série passou um tempo sumida e retornou nas noites de domingo, logo após o Oito e Meia no Cinema ( que venhamos e convenhamos, nunca começa nesse horário). Milagrosamente, parece que se estabilizou nessa faixa. O final de temporada que esta se aproximando já me deixa apreensivo com o que virá depois: Repises? Uma nova temporada? Ou o sumiço por um tempo indeterminado ou definitivo?
Criada por Meredith Stiehm, Cold Case retrata o trabalho de uma equipe de investigação criminal responsável por tentar solucionar casos já arquivados, encerrados ou não. Ao contrario de CSI e outros programas do gênero, a série inova ao humanizar ao máximo seus personagens. As vitimas não são apenas um trampolim para que os investigadores possam trabalhar e reafirmar o seu posto de estrelas do programa: possuem histórias. Não é raro, nós, meros espectadores, nos envolvermos de uma tal forma com os dramas apresentados que chega a ser impossível não se emocionar no final. É claro que a trilha sonora, fantástica por sinal, ajuda muito nesse processo.

Se Cold Case é um sucesso, tanto artisticamente quanto de publico, grande parte desse mérito é de sua protagonista, a atriz Kathryn Morris (estranhamente nunca lembrada por nenhuma premiação do Globo de Ouro ou do Emmy). De uma classe ímpar, a diva transmite uma elegância mesclada com uma vulnerabilidade que transforma sua personagem, a detetive Lilly Rush, a mais interessante do programa. É a grande oportunidade dessa atriz de 39 anos brilhar, já que até essa série nunca havia sido notada (a não ser por participações especiais em filmes como AI-Inteligência Artificiale Minority Report). Então, meu caro leitor, não perca tempo! Corra para o SBT e assista antes que o senhor Sílvio tire do ar ok?!
5 comentários:
Lily Rush e Scotty Vallens formam, atualmente, o mais interessante pseudo-casal das séries...
Além disso a série é de uma personalidade e elegancia impar... Felizmente apareceu Cold Case...Tornando-se um grau de nivelamento p as outras series...
Inteligente, bela e cativante... Ou seja Pefeita!
Cara véi eu simplesmente amo Cold Case, a sacada dos casos e principalmente a trilha sonora que acompanha a época do crime...inegavelmente perfeita!!! tb recomendo a todos!!!
Que bom q vc fez esse post!!!
Gostei muito!!!
Olha só!Tenho q acordar super cedo na seg.mas não me importo..assisto sem culpa este inteligente e d bom gosto seriado..realmente as músicas é uma boa tacada a parte...as vezes vale à pena assistir tv..sou muito crítica e este seriado e todas as tuas dicas são ótimas..Abração
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